Eis um texto interessante que encontramos num link do blog O Sacerdote de Angra dos Reis.
O texto não informa o nome do autor mas informa quem postou, o que nos faz deduzir que
o postador é o autor.
Aqui elencamos as partes mais tocantes. Grifos nossos.
"Você sabe como a sua congregação gasta o dinheiro dos dízimos e ofertas arrecadadas?
Você é informado sobre os custos rotineiros e os custos eventuais que sua igreja possui?
Você recebe relatórios informando os detalhes dessa contabilidade?
Afinal, há transparência com o dinheiro? Há transparência na liderança de sua igreja?
Infelizmente, eu presumo que poucos dos meus leitores podem dar uma resposta positiva.
Há igrejas que são exemplos de transparência com seus gastos, mas a maioria não é, nem
entre os membros com cargos na congregação, o conhecido “presbitério informal”. O mundo
das finanças é um completo quarto escuro, cheio de surpresas e mistérios.
O discurso tido como espiritual costuma dizer: “Ah, eu dou o meu dízimo como louvor e não
quero saber o que fazem com esse dinheiro, pois já fiz a minha parte”. Esse escapismo
demonstra a completa falência do conceito de igreja. Afinal, igreja não é uma comunidade?
É possível um casamento onde a esposa não sabe nada sobre os gastos do esposo e
vice-versa? Que comunhão eclesiástica é essa?
A transparência da liderança
Ainda vivemos no Brasil uma cultura aristocrática (ao Rei tudo!), e a nossa cultura contaminada
é a mesma que contamina uma igreja “mundanizada”. Ninguém pode contestar e a relação entre
liderança eclesiástica e os seus membros é distante e sem transparência. O modelo
congregacional, que era predominante dos primórdios do pentecostalismo brasileiro, simplesmente
acabou. Hoje vivemos não um episcopado, pois essa ainda possui virtudes, mas um caciquismo.
É interessante ler as cartas de Paulo e observa o nível de comunhão que esse pastor-missionário
possuía com as igrejas das quais ele havia fundado ou passado. Há um diálogo aberto, onde ele
apresenta os problemas e soluções e fala do seu ministério, para transmitir confiança as suas ovelhas.
(...)
“Mulher de César” e o perigo do orgulho (obs.: este grifo não é nosso e sim do próprio texto)
E é curioso saber que hoje grandes lideranças evangélicas não estão “nem aí” com a imagem que passam
para os seus rebanhos. Podem até ser honestos, mas não são transparentes. Muitos são até arbitrários,
e não aceitam nenhuma contestação. Outros, bem desonestos, colocam a contestação legítima como
“um grande pecado”, e assim escapam pelo medo que colocam nas ovelhas. E aí há os seguidores
fanáticos que dizem: “Não toqueis no ungido de Deus” (sic)!
É como diz o ditado: “Não basta que a mulher de César seja honesta, ela precisa parecer honesta”. Um líder
cristão que usa e abusa dos seus direitos não está em sintonia com o Evangelho, pois não há renúncia.
Se um pastor acha humilhante a “prestação de contas”, então ele deixa de fazer pelo orgulho humano tomar
o seu coração e passa a achar que é um sujeito incontestável, sendo o grande buraco da ruína.
(...)
O líder que esconde os seus feitos ou é desonesto ou é orgulhoso. É hora de prestar contas!
Referências Bibliográficas:
[1] CARSON, Donald A. A Cruz e o Ministério Cristão. 1 ed. São José dos Campos, 2009. p 162.
[2] PIPER, John. O Que Jesus Espera dos Seus Seguidores. 1 ed. São Paulo: Editora Vida, 2008. p 138.
Postado por Gutierres Siqueira"
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