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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Análise da blogosfera angrense

Nossa análise da blogosfera angrense tentará evidenciar as características principais dos blogs que populam o universo digital angrense. Consideramos blogosfera angrense os blogs assinados, os blogs anônimos, as postagens neles, os comentários publicados neles. Nosso critério para incluir um blog na análise é o mesmo estar linkado em dois outros blogs.

Eis:

Existe uma fúria, uma insana necessidade de desviar o assunto do coletivo para o pessoal adentrando-se em particularidades da vida de outras pessoas... Pessoas, corruptas ou não, não deveriam ter seus nomes expostos de modo irrefutável pois a quem refutar?

Existe uma certa esquizofrenia que faz com que o ideal de ajudar a combater a corrupção seja pretexto para se invadir a vida alheia de modo muito indiscreto. Esta-se lançando um novo tipo de justiça onde quem acusa detém a hegemonia do processo e da estrutura de denúncia...

Existe um ódio cultivado em frases de comentaristas refutando outros comentaristas de modo a se pensar: se estivéssemos em Ruanda essas pessoas se estraçalhariam com facões...

Existe uma "indústria" da "fofoca" em que um fato ou pseudo fato sobre alguém é ventilado e depois repisado e repisado e repisado. Pra isso basta alguém dizer algo sobre alguém. É o primado da violência imperceptível.

Consideramos que a blogsofera angrense, em sua trajetória evolutiva, passou por uma primeira fase de glamour (nós os blogueiros somos os paladinos da cidadania, etc), entrou numa segunda fase de realismo pragmático (é...) e tem dois futuros pela frente: o futuro de permanecer sendo um programa de auditório de domingo em tv aberta. E outro um futuro de tornar-se algo mais propositivo, mais coletivo, mais focado em fatos público-administrativos do que em fatos privado-inabordáveis.

Desnecessário dizer que o que escrevemos aqui se aplica ao somatório, à tendência, à média, dos blogs e não a um ou outro especificamente.

Também não negamos o valor desta blogosfera. Tanto é que advogamos a sua transmutação em algo mais sublime, mais justo, mais perfeito.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sei não...não entendi até hoje a que veio.